O TRABALHO COMO FORMA DE ESTABELECER RELAÇÕES INTERPESSOAIS E TERAPÊUTICAS NO TRABALHO.

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O Hospital Florianópolis desde dezembro de 2009 passa por um longo processo de reforma no prédio principal onde se concentra o serviço de emergência, internação, centro cirúrgico (CC), unidade de terapia intensiva (UTI) e centro diagnóstico por imagem. Sendo assim permanecem ativados o ambulatório de pacientes externos (UPE), o ambulatório de ortopedia e a emergência que atende provisoriamente em uma área improvisada, porém com alta demanda. O atendimento ao público é prestado 24 horas ao dia para usuário nas modalidades de clínica médica, pediatria e clínica cirúrgica, dentro das condições possíveis. A reforma da Unidade se prolonga e a previsão de abertura sempre ultrapassa as expectativas dos servidores causando frustração, desequilíbrio biopsicossocial e por vezes animosidades que afetam as relações interpessoais da equipe e desta com os usuários. A humanização no ambiente hospitalar sempre foi uma preocupação no HF. Várias iniciativas já haviam sido tomadas, desde 2012, porém de forma não integrada, assim, no ano de 2013 no primeiro semestre foi formalizado um Projeto de Humanização do Hospital Florianópolis – HF com o objetivo de desenvolver e implementar ações de humanização na assistência aos pacientes e nas relações com e entre os servidores. Neste sentido uma das ações que o GTH em conjunto com a CIPA e Educação Continuada implementaram foi com foco na Valorização do Trabalho e do Trabalhador. O objetivo da ação foi melhorar a condição de saúde dos servidores que atuam no HF hoje considerada como “difícil e expectante” quanto a sua reabertura e seu futuro processo de gestão. Para tanto se fez um levantamento entre os servidores e um convite aos que gostariam de participar oferecendo suas potencialidades para atuar nas fragilidades apontadas pelos servidores da unidade. Entre o grupo da enfermagem foi possível identificar uma psicóloga que delineou o Projeto: Grupo Terapêutico, que possibilita reuniões quinzenais, como um momento em que proporciona a terapia dos vínculos, fortalecendo as relações interpessoais, a autonomia, a aceitação, estabelecendo-se como um grupo apoiador. Da mesma forma, como valorização do trabalhador, também entre o grupo dos servidores identificou-se uma servidora com curso de massoterapia e outros, apresentando habilidade em massagem terapêutica. Proporcionando aos servidores uma vez por semana massagem para aqueles com dores ou desconforto muscular, através do atendimento individualizado, em ambiente aconchegante e propicio de relaxamento. Concomitantemente a esta ações durante os meses de outubro e novembro foi promovido em parceria com a EFOS e Educação Continuada do HF o curso “Cuidar de quem Cuida” objetivado a Qualidade de vida do trabalhador e do Atendimento ao SUS. Todas estas ações convergem para uma necessidade veemente e imperativa identificada na unidade carente de intervenção e tem tido uma boa adesão. Constatamos que as ações realizadas têm promovido mudanças no comportamento individual e coletivo da equipe de saúde que é favorável ao bem estar da unidade, enquanto se aguarda o processo de reabertura do HF.