Os Mais Doces Bárbaros

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Eitcha…

Cheguei em Brasília na quarta de noite. Houve um problema com os quartos, e eu já estava tão cansado… Além do mais, estava vindo da minha Porto Alegre invernal, de dias frios e ensolarados, do café quentinho com torta de banana integral (hummm…). Dos amigos, da mãe e pai e mano. Dos meus.

"Pra vadiá tenho que estar junto dos meus!"

No dia seguinte, eu sentei nos pés da Sema pra ouvir o Gastão falar de neoartezanato, de amor e co-gestão… Mazááá! Então eu tô junto dos meus?

O dia foi passando. À tarde, conheci pessoalmente a Bete Smecke, e juntos participamos de uma roda sobre Educação Popular. Achei lindo o modo dela freireanamente usar a riqueza que a realidade nos trazia pra disparar dinâmicas de problematização. E eu, que costumo ser tão falante, fiquei quietinho, feliz dentro do círculo de cultura que se armava.

No dia seguinte, teve a roda sobre participação cidadã. Verinha Dantas nos recebeu prum chamego, com direito a massagem e abraço coletivo. Depois, foi a bênção de ver/ouvir a Sema falando de Redução de Danos, de acolhimento incondicional e da "clínica do possível" (uau!). Teve os amigos da setorial de saúde do MST, com sua sempre imprecindível presença, nos lembrando de coisas que jamais poderiam ser esquecidas…

Voltei pra casa com a sensação de que estou menos sozinho. Também: a companhia do Eymard fez da fila do chek in um lugar tão gostoso (só faltou café!). Voltamos falando da riqueza do encontro, da beleza das pessoas, da alegria, da boniteza e da seriedade com que se realiza um sem número de experiências bacanas pelo Brasil afora. Da beleza com que as diferentes perspectivas teóricas circularam nas rodas de discussão.

Não sei quem teve a idéia de me convidar para o seminário, mas queria agradecer, com força! Tem vezes que a gente se sente tão sozinho… Foi massa ver que este rizoma está espalhado, corroendo estruturas profundas com a alegria que apenas os bárbaros sabem ter. Preparando a invasão…