II Oficina de Humanização no Território dos Cocais

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No dia 19 de dezembro (quinta-feira), a Secretaria de Estado da Saúde, e a Coordenação Regional de Saúde do município de Piripir (PI) e a Comissão de Integração Ensino-Serviço (CIES), realizaram a II Oficina de Humanização em Saúde na Região dos Cocais, para os  trabalhadores e gestores da atenção primária e secundária, com foco na atenção primária. O objetivo foi apresentar a PNH, aos trabalhadores e gestores, com vistas à implementação da política de humanização nesses municípios, numa perspectiva de qualificar a produção de saúde  no território.

O evento foi realizado no município de Barras, e contou com a participação de 31 profissionais das Equipes de Saúde da Família de 4 unidades da zona rural, e 2 da zona urbana, dos municípios de Barras, Matias Olímpio e Campo Largo.  Teve como facilitadoras: Ioli Piauilino (Publicitária e Referência da PNH no estado do Piauí), Emília Alves (Assistente Social do HILP e apoiadora da PNH) e Eliana Mendes (Psicóloga do HUT e apoiadora da PNH).

Dentre os temas debatidos, apresentou-se a Política Nacional de Humanização (conceito, princípios, diretrizes e método de trabalho); Acolhimento na UBS e Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco; GTH; Gestão participativa e Cogestão, e Trabalho em equipe.

Um dos destaques do evento foi a presença de três médicos cubanos do Programa Mais médicos, onde estão trabalhando, dois no município de Barras e um em Matias Olímpio, os quais, durante todo o evento participaram de forma interativa, compartilhando suas experiências no atendimento às demandas da Atenção Básica. Foi muito prazeroso perceber a implicação e o compromisso desses profissionais no atendimento que ofertam aos usuários. Um atendimento acolhedor, com responsabilidade e vínculo afetivo.  A Drª Olívia relatou que numa das visitas que fez a uma família que está acompanhando juntamente com uma enfermeira, chegou a ficar três horas no atendimento para as intervenções necessárias. Ressaltou a complexidade do caso, que envolve questões de homossexualidade, drogadição, gravidez indesejada com a intenção de abandono do filho pela mãe. Informou estar surpresa com a naturalidade de algumas pessoas no ato de doarem suas crias para outras cuidarem.

Na sequência dos trabalhos, os participantes se organizaram em dois grupos de trabalho, para discutirem algumas questões formuladas sobre o Acolhimento e sobre a Cogestão e gestão participativa, com o objetivo de identificar as potencialidade, problemas/desafios  e as propostas para as mudanças necessárias nas unidades de saúde. Os grupos apresentaram em plenária os trabalhos produzidos.

Nas apresentações,  entre as dificuldades apontadas pelos profissionais, foi marcante a falta de compromisso de alguns gestores com a saúde da população dos municípios envolvidos, o que tem impactado na baixa produção de trabalho. Os agentes de saúde, na sua maioria,  não cumprem com a jornada de trabalho  assumida no contrato de trabalho, o que de certa forma, tem comprometido a boa  resolutividade  das necessidades das demandas.

Um dos grandes desafios apontados pelos grupos diz respeito ao funcionamento das unidades com os profissionais trabalhando  em tempo integral; o fortalecimento do compromisso dos gestores e dos profissionais, e à intersetorialidade das práticas, na busca de um atendimento integral e resolutivo.

Finalizando, foi realizada a dinâmica da Árvore do Compromisso, onde cada participante declarou o seu compromisso para a implementação de uma atenção básica mais qualificada no cuidado e na gestão dos processos de trabalho.

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