1º Encontro de Apoiadores da Política Nacional de Humanização no Amazonas

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A realização do 1º Encontro de Apoiadores da Política Nacional de Humanização no Amazonas era uma necessidade sentida pelo Coletivo Ampliado de Humanização do Amazonas para mapeamento das ações da PNH no Estado do Amazonas, mais precisamente na capital, Manaus, onde foi realizado o Curso de Formação de Apoiadores para a PNH em 2011, em parceria Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SUSAM), Ministério da Saúde por meio da Coordenação da Política Nacional de Humanização, Secretaria Municipal de Saúde de Manaus e CETAM/ETSUS, quando foram formados 75 Apoiadores.
O referido Encontro teve como objetivo avaliar os planos de intervenção, produtos do curso, propor contribuições e apoio mais intensivo, caso haja necessidade, tanto por parte do Coletivo do Amazonas e da Coordenação Nacional da PNH/MS para sua efetivação.
Inciamos o trabalho com uma dinâmica para acolhida dos participantes, apresentação nominal dos presentes, seguindo com a exposição do objetivo do Encontro por Ana Lúcia Raman, responsável pela Coordenadora da Humanização no Município de Manaus, e a contextualização da Política no Estado coordenada por Telma Amaral.
   Foi proposta a organização dos Apoiadores por unidade de atuação para responder 4 questões referente aos seus projetos de intervenção: 1) Nome da ação; 2) Indentificação do Apoiador ou Apoiadores; 3) Fase em que se encontra o Plano de Ação proposto e seus desdobramentos; 4) Resultados alcançados. Em seguida formamos uma roda para exposição dos relatos de forma que, além do que foi escrito, houvesse compartilhamento das experiências e interlocução dos demais Apoiadores e equipe de Formadores.
Estiveram presentes 31 Apoiadores e foram apresentados 21 experiências, das quais aproximadamente 50% sofreram descontinuidade por vários motivos dentre os quais mais citados foram a falta de incentivo para colocar em prática, mudanças na gestão das unidade de saúde ou de local de trabalho do próprio servidor, insuficiência de servidores que gera sobrecarga de trabalho que dificulta o encontro para a realização de rodas de conversa desses trabalhadores no serviço, dentre outros. As demais experiências estão em andamento, com identificação de algumas dificuldades e que precisam de apoio mais intensivo para sua implementação.
No período da tarde contamos com a participação do consultor César Ramos (PNH/MS) que ouviu alguns relatos e fez observações enfatizando que “… a roda é o método da PNH mas não é único, temos outras estratégias que podem surgir do coletivo de trabalhadores… Precisamos radicalizar a função apoio no sentido da tríplice inclusão. Não dá mais para continuar fazendo discurso sectário de culpabilização que a atenção básica ou o hospital não fazem o seu trabalho, precisamos aprender a trabalhar em rede, fazer o Acolhimento em rede. Propor a estruturação de espaço de pactuação e não devemos esquecer a rede afetiva… A humanização tem sido um ponto crítico nos serviços, se não consigo realizar as rodas de conversa, ou realizava mas acabou, temos possibilidades de criar outros espaços possíveis, continuamos distantes dos usuáriose isso é um grande problema pois a comunidade é um espaço excelente de cogestão. A PNH precisa e está se aproximando das discussões dos direitos humanos, da equidade e de outras políticas que não da saúde especificamente, trazendo experiências novas… Em alguns serviços trabalhadores estão operando a PNH sem denominá-la como tal e precisamos nos aproximar desses serviços, dessas pessoas e ajudar a tornar esses espaços democráticos de fortalecimento do SUS… Os reencontros são altamente fortalecedores para radicalizar, precisamos estar aptos a fazer apoio tendo em mente que não fazemos isso sozinhos. Coletivamente criaremos tecnologias para trocas de gestor por exemplo. Nós, o Ministério da Saúde, viremos para dar oxigênio para as ações, garantir apoio nesse circuito. Tenham em mente que não precisamos ser experts em dispositivos para falar de humanização, necessário ter vontade de mudar, mas devemos estudar para nos apropriarmos de conceitos para não ficarmos na superficialidade da proposta”.
Ao final alguns encaminhamentos foram propostos: Estimular o apoio entre serviços; Estabelecer espaços, grupos de estudos, e identificar referências para os dispositivos (apoio matricial); Ampliar o Coletivo Estadual com a inserção de mais apoiadores; Dar visibilidade às ações por meio da Rede Humanizasus; Ocupar os espaços de formação; Reprogramar os Planos de Intervenção a partir da necessidade dos trabalhadores e dos serviços.