De olho no futuro: Coletivo Nacional da PNH se reúne em Brasília e avalia os desafios para 2015

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O encontro da Política Nacional de Humanização (PNH) reuniu hoje em Brasília (DF), mais de quarenta pessoas, entre apoiadores e coordenadores, para discutir os desafios e traçar os novos caminhos da humanização do SUS para o próximo ano.

Na parte da manhã, o apoiador da PNH, Tadeu de Paula, fez uma breve explanação sobre os desafios do projeto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) realizado com o apoio da PNH com foco nas populações estratégicas e vulneráveis, iniciado em 2014, com vigência para os próximos três anos.

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Em seguida, o coletivo dividiu-se em cinco grupos: população em situação de rua, população indígena, população privada de liberdade, gestantes e espaços de mobilização popular. O objetivo foi discutir a questão dos vários tipos de populações contempladas pelo projeto.

À tarde, os grupos fizeram apresentações sobre o que foi falado pela manhã. Discutiu-se a complexidade do acesso à população de rua, especialmente no tocante à inclusão desses usuários do SUS nos serviços de saúde de forma humanizada e agregadora.

“É necessário entender a rua, aproximar os debates sobre saúde pública. A humanização é feita com bases democráticas e a partir do trabalho na redução de danos,” afirmou o apoiador Anselmo Clemente.

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Sobre a população privada de liberdade discutiu-se os sujeitos que estão ou passaram por isso em algum momento da vida, e de como o sistema prisional precisa aprofundar a avaliação e o cuidado dessas pessoas.

“Precisamos pensar sobre quem está preso hoje, seja nos presídios ou nas casas de custódia. A clínica ampliada surge muito próxima das articulações de redes,” pontuou a apoiadora, Raquel Ritter.

O grande desafio da PNH é incluir os sujeitos, fazendo com que os trabalhadores, gestores e usuários do SUS sejam interlocutores e protagonistas de uma política transversal. “A humanização do SUS deve sinalizar o direito que todas as pessoas têm de entrarem pela porta da frente no atendimento à saúde,” disse o apoiador, Carlos Rivôredo.

O Direito dos Usuários, uma das diretrizes da PNH, também foi comentado pela apoiadora da PNH e editora da Rede HumanizaSUS, Mariana Oliveira, que destacou a importância do direito da gestante, especialmente no que diz respeito ao acolhimento da rede pública de saúde. “Entender como as vulnerabilidades são tratadas dentro dos hospitais e também nos territórios é fundamental para que a humanização seja efetiva, a mulher deve ter acompanhamento mesmo após o parto”.

O encontro também contou com a presença do coordenador nacional da PNH, Fábio Alves que ressaltou a importância em convergir a humanização nos vários setores: “A PNH contribui de forma pedagógica critica e mobilizadora para a saúde pública. O olhar sobre as populações vulneráveis deve ir além do senso comum, humanizar a saúde deve ser um compromisso de todos nós”.

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“Sempre tenho uma sensação muito boa quando nos reunimos. É visível o amadurecimento que temos a cada encontro. As pautas discutidas hoje são importantes pra que as nossas articulações e nossos trabalhos sejam feitos da melhor forma possível”, conclui a coordenadora adjunta da PNH, Cathana Oliveira.

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Texto: Sheila Souza
Fotos: João Paulo Soldati

*Equipe de Comunicação e Jornalismo da Política Nacional de Humanização (PNH/MS)