I Oficina do Acolhimento e Ambiência Hospitalar do HILP em Teresina-PI

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Com o objetivo de refletir e debater a importância do acolhimento e da ambiência hospitalar no processo de produção de saúde, tendo em vista a garantia de um atendimento mais resolutivo e acolhedor aos seus usuários, o Hospital Infantil Lucídio Portella, sediado em Teresina-PI, realizou no dia 26 de novembro de 2009, a sua primeira I Oficina do Acolhimento e da Ambiência Hospitalar, envolvendo a participação dos trabalhadores e gestores do hospital.

          No primeiro semestre do ano em curso, através de um amplo processo de discussão com os trabalhadores, gestores e usuários, foi elaborado o plano de ação de Humanização para o biênio 2009-2010, em que os trabalhadores escolheram os dispositivos do acolhimento e da ambiência para serem fortalecidos no hospital.

          O acolhimento e a ambiência hospitalar são duas diretrizes da PNH imprescindíveis na garantia da qualidade dos processos de trabalho na atenção em saúde. Entende-se por acolhimento, uma nova forma de desenvolver as práticas de atenção, atendendo a todos, com escuta qualificada, identificando riscos e agravos, dando respostas resolutivas ao problema apresentado pelo usuário. E não dá pra ofertar um bom acolhimento, sem a disponibilidade de uma ambiência hospitalar adequada às necessidades dos usuários e dos trabalhadores.

          No bojo das ações propostas, uma das prioridades assumidas foi a qualificação dos trabalhadores, através da realização de oficinas, semanas de humanização e outros eventos científicos, com foco nos dispositivos da PNH, como uma das formas de disparar as mudanças propostas pelo coletivo do hospital.

          O evento contou com a participação de 45 pessoas, envolvendo os trabalhadores, gestores e a Drª Annatália Gomes, Coordenadora da PNH/MS para a região Nordeste II, que acompanhou todas as atividades desenvolvidas.

          Após a composição da mesa de abertura, as psicólogas Isabel Leal e Karolinne Mascarenhas desenvolveram uma dinâmica de grupo, provocando uma reflexão sobre o acolhimento nas relações interpessoais e de trabalho, ressaltando a importância do respeito às diferenças no atendimento.

          A seguir, um grupo de trabalhadores realizou uma dramatização do acolhimento na porta de entrada, seguida de um debate para a identificação dos aspectos críticos do atendimento e sugestões para a melhoria desse processo no hospital. Na seqüência, o Dr. Napoleão Lima, arquiteto responsável pela reforma da ambiência que o hospital será submetido nos próximos meses, apresentou o projeto da reforma, oportunidade em que os trabalhadores apresentaram suas necessidades e sugestões para as melhorias, com vista à otimização dos processos de trabalho.

Finalizando a programação da manhã, a Drª Annatália, fez uma explanação sobre a Política Nacional de Humanização, focando seus princípios/diretrizes, pontuando o acolhimento nas práticas de atenção, fazendo um link com as discussões provocadas pela dramatização dos trabalhadores.

          Todos os participantes almoçaram no hospital, ao som do violão do cantor Weverton Matos, num clima de muita interatividade e descontração.

          No início da tarde, além de uma dinâmica vitalizadora para o aquecimento do grupo, houve a apresentação de um vídeo sobre a ambiência hospitalar, em que foram exibidas imagens da ambiência de alguns hospitais do país, no intuito de subsidiar a discussão sobre a ambiência hospitalar, o que aqueceu ainda mais o interesse dos participantes. Na sequência, a Drª Soraya Pessoa, membro do Comitê Estadual de Humanização, fez uma explanação sobre a ambiência hospitalar, seguido de um amplo debate dos participantes. A seguir, foram realizados os trabalhos em grupos, sobre os dispositivos trabalhados, com o objetivo de identificar as demandas e propostas para as mudanças no hospital. Finalizando, houve a apresentação em plenária dos trabalhos dos grupos, seguido de uma avaliação da oficina. Depoimentos como: “Através da oficina aprendemos e tiramos dúvidas sobre nosso trabalho e sobre o hospital” e “A oficina nos fez perceber os nossos defeitos e qualidades no atendimento” apontaram o sucesso desse evento e nos motivou a continuar nessa caminhada pela humanização da saúde.