Três lições do homem mais feliz do mundo!!

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O que o monge budista Matthieu Ricard, PhD em genética molecular e filho do famoso filósofo francês Jean-Francois Revel, pode nos ensinar sobre liderança

"Na semana passada, participei de um encontro com Matthieu Ricard, PhD em genética molecular, filho do famoso filósofo francês Jean-Francois Revel e monge budista. Ricard ficou mundialmente famoso quando foi chamado de “o homem mais feliz do mundo” pela mídia.

Explica-se: Ricard participou como voluntário de um estudo sobre felicidade, conduzido pela Universidade de Wisconsin-Madsion, com desempenho muito superior à média de centenas de voluntários.

No encontro, centenas de pessoas se reuniram para ouvir as visões de Ricard de como podemos ser mais felizes, inclusive na vida profissional.

Da conversa bem humorada com Ricard, absorvi três lições sobre liderança que agora compartilho com vocês.

1) Cooperação, e não competição, é o que nos levam a outros patamares de performance

As inovações desses novos tempos veem muito mais do esforço coletivo do que predatório entre os membros de uma empresa ou de um time. É função do líder criar um ambiente de cooperação, em que as contribuições sejam bem-vindas e promovam a criatividade e o  engajamento de todos os participantes na solução de um problema, que Ricard prefere chamar de desafio, pois se trata de uma palavra mais estimulante.

2) Felicidade não se obtém sozinho

Esse é um dos principais pilares da visão de Ricard sobre felicidade. Para ele, as pessoas que são verdadeiramente felizes são aquelas capazes de construir relações saudáveis e sustentáveis com os outros. Pessoas individualistas e egoístas são presas à necessidade infinita de obter mais e nunca ficam satisfeitas com o que já conseguiram, independentemente do valor da sua conta corrente. Essas pessoas veem o outro como ameaça ou instrumento para alcançar algo e acabam não experimentando a verdadeira felicidade.

Ricard prega que, como líderes, devemos cuidar do outro, preocupando-se com suas dificuldades e prontificando-se a auxiliá-lo a maximizar seu potencial. Como esse conceito é pouco difundido no Ocidente, ele propôs, como exercício, que dediquemos dez segundos a cada hora, mentalizando coisas positivas a uma pessoa que esteja na nossa frente naquele momento. Compaixão precisa ser treinada.

3) Foco no presente porque tudo passa

Um dos conceitos fundamentais do Budismo é a impermanência: tudo muda a toda hora.
Sendo assim, para vivermos melhor e termos condições de entender o que está acontecendo, é necessário cultivarmos nosso foco no momento presente. Entender o que está acontecendo exatamente agora é escolher a melhor opção para vivenciar esse momento na sua plenitude.
Assim a mente fica mais clara e as soluções para os desafios chegam muito mais rápidas e abrangentes. Como líderes, nos mantermos no presente é muito difícil por tudo o que acontece e pelos estímulos que recebemos continuamente de nossas redes. Se o líder não cultivar essa presença, como ele pode requerer do seu time o tão apreciado foco?

Espero que essas três lições ou insights sejam úteis a vocês na condução da liderança a cada dia. Afinal, aprendi que pensar no outro é uma das melhores formas de pensar em si mesmo."

https://www.istoedinheiro.com.br/blogs-e-colunas/post/20150527/tres-licoes-homem-mais-feliz-mundo/6814.shtml