Se eu não posso brincar, não é a minha luta! – 5 anos de Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade
Se eu não posso brincar, não é a minha luta!
Passados 5 anos do I° Seminário Internacional a Educação Medicalizada, o Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade completa meia década de existência e potência em um cenário em que experimentar e afirmar novas existências no mundo contemporâneo tornam-se cada vez mais importantes.
2015 foi um ano de intenso trabalho. Além de participarmos de arenas das políticas públicas, como a XV° Conferência de Saúde, promovemos o nosso IV Seminário Internacional e reafirmamos nosso caráter político, tendo interferido diretamente na articulação que resultou na publicação das recomendações do Ministério da Saúde que orienta Estados e Municípios a publicarem protocolos para a dispensação de metilfenidato.
A ação segue a Recomendação n° 01/15 das Altas Autoridades em Direitos Humanos do Mercosul de Julho de 2015 que trata sobre a Medicalização de Crianças e Adolescentes.
E é por isso que temos muito a comemorar, sobretudo em nosso chamado de re-pensar as formas como as lutas políticas devem ser feitas: com alegria e criatividade.
Não se pode criticar o processo de medicalização da sociedade sem rediscutir os arranjos sóciopolíticos que reproduzimos: não seria o próprio arranjo social que reproduzimos medicalizante?
É por isso que muito mais do que celebrar a temporalidade, é necessário reafirmar essa necessária bandeira: Se eu não posso brincar, não é a minha luta!
E sigamos inventivos nesse fazer novas regras e novos jogos para brincar e viver a vida e lutar nas arenas políticas.
Para quem quiser compor no mundo virtual, criamos um twibon! Acesse o link, faça o seu e entre na campanha também!
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
A bandeira levantada pelo fórum é estratégica pois leva em conta as novas formas de luta construídas hoje com uma criatividade bastante revolucionária. Muito mais além da ingenuidade atribuída a estes modos por certos setores conservadores, caminha a força e a potência da alegria como estratégia de vitalização. O devir da vida nos mostra por onde ser também ativo e afirmativo.
A RHS e o Fórum sobre a Medicalização da Educação e da Sociedade, entre outros movimentos, reinventam as lutas pela saúde num passe pleno de produção de comunidade, por intermédio da estética de existência dos afetos em rede.