A Rede HumanizaSUS como espaço de ressignificação de práticas e de vida

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Em 2008, no Seminário Estadual – 20 anos do SUS no Piauí: construindo o SUS que dá certo, fui apresentada à RHS. No seminário se encontrava a Mostra Interativa do SUS, onde havia um stander da RHS com vários computadores para acesso e cadastro na rede. Motivada pela Annatália Gomes, consultora da PNH para o estado do Piauí na época, me cadastrei e publiquei meu primeiro post, e a partir daí não parei mais. Me encantei com os conteúdos compartilhados, e com as diversas possibilidade conectivas da rede.

Costumo dizer que a RHS é um divisor de água na minha vida. Ela trouxe um novo significado para a minha (re)existência profissional e pessoal.

Profissional, porque eu já estava pensando em me aposentar, quando conheço a RHS. Fui capturada pela riqueza de possibilidades conectivas ofertadas pela rede, pelo encantamento de um SUS acolhedor, um sus com um modo diferente de produzir saúde e qualidade de vida. A partir do contato com as diversas experiências do SUS que dá certo, resolvi adiar a minha aposentadoria para viver/experimentar algumas das experiências exitosas, compartilhadas pelos usuários, no meu espaço de trabalho.

Pessoal, porque ainda estava um pouco depressiva com a saída da minha filha para estudar fora do estado, e as minhas inserções na RHS preencheram esse espaço do ninho vazio.

Fui capturada pela riqueza de possibilidades conectivas ofertadas pela rede, pelo encantamento de um SUS acolhedor, um sus com um modo diferente de produzir saúde, qualidade de vida.

Conceituo a RHS como um potente laboratório de produção de saúde e de afetos. Nela me conecto com pessoas que fazem um SUS diferente, e com experiências de um SUS real, vivo, pulsante, que acolhe, que nos encanta e inspira.

Em 2011, fui convidada para ocupar a função de editora/curadora da RHS. A curadoria é um lugar de acolhida, de apoio, de cuidado com o outro para que melhore os seus conteúdos postados, estimulando os autores para que falem mais sobre o que faz, no sentido de qualificar o seu relato.

Esse lugar me transformou numa profissional melhor, mais qualificada. Ampliou o meu olhar sobre o SUS, sobre a humanização do SUS.

Recentemente, tive a grata felicidade de participar do encontro da pesquisa intitulada “Jornada de Reflexões sobre a RHS”, realizada em São Paulo, em que reuniu os usuários/participantes, editores e o grupo focal da Pesquisa. Lá tive a oportunidade de conhecer usuários que somente conhecia virtualmente através dos conteúdos produzidos na Rede. Foi um evento rico de discussões, de conhecimentos e de afetos.

Como disse  Lílian Weber na sua tese de doutorado, a RHS “tece redes de colaboração e criação […] Coloca a rede a pensar na rede”