Acadêmicos médicos organizam “Empowerment Comunitário” no “PSE” relacionado à prevenção de “DCNTs”

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O “Empowerment comunitário” está relacionado à ação coletiva das pessoas, com o objetivo de ganhar maior influência e controle sobre os “Determinantes da Saúde” em sua comunidade.

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) cresceram muito rapidamente em nosso país e em todo o mundo. Alguns estudos apontam que elas prejudicam muito mais as populações de baixa renda, pois essas pessoas estão mais vulneráveis e mais expostas aos riscos, além de terem menor acesso aos serviços de saúde e às práticas de promoção à saúde e prevenção das doenças, do que as outras pessoas, menos vulneráveis.

No entanto, o seu impacto pode ser revertido por meio de intervenções comunitárias, com baixo custo e alta efetividade, de “Promoção à Saúde”.

A “Educação em Saúde” é muito importante para a “Promoção à Saúde”, tanto na prevenção quanto na reabilitação de doenças. Ela é capaz de despertar a cidadania, a responsabilidade pessoal e social, além de formar multiplicadores e cuidadores para os usuários do SUS. Essas ações de “Educação em Saúde” buscam reduzir os fatores de risco relacionados às “DCNTs”. A melhoria da atenção à saúde, a detecção precoce e o tratamento oportuno também são muito importantes para a redução dessas doenças.

A Estratégia Saúde da Família (ESF) tem um papel muito importante para enfrentarmos as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs). Assim, os estudantes do Curso de Graduação em Medicina, na Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) são inseridos, como membros das Equipes Interprofissionais, em 09 ESFs, localizadas nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado, no interior de SP, graças a uma parceria firmada entre Academia (UNOESTE) e serviço (Secretarias Municipais de Saúde das duas localidades citadas).

Um dos Planos de Ação, criado pelos futuros médicos, esteve relacionado à prevenção de DCNTs, no Programa Saúde na Escola (PSE).

As Ações de “Empowerment Comunitário” fazem parte do Programa Saúde na Escola. Esse programa busca integrar e articular de forma permanente os Setores da Educação e da Saúde, para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.

No dia de campo, na ESF, nós Acadêmicos do Curso Médico, por meio do PAPP/FAMEPP/UNOESTE, realizamos uma Ação de Promoção à Saúde na Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental, Professora Vilma Alvarez Gonçalves, no município de Presidente Prudente, SP.

A Facilitadora do PAPP/FAMEPP/UNOESTE fez um contato prévio com a Direção da Escola, que fica no território ligado à ESF do Jardim Cambuci, em Presidente Prudente, para melhor programar a ação de “Atenção Coletiva à Saúde”.

Ao chegarmos à escola, nós Futuros Médicos, nos apresentamos e conversamos com os escolares do segundo ano do ensino fundamental, para criarmos “vínculos de respeito e confiança com os pequenos usuários do SUS”, conforme sugere a “Política Nacional de Humanização” (PNH).

A “Roda de Conversa” dos Acadêmicos Médicos da UNOESTE com os escolares, esteve relacionada aos bons hábitos alimentares e à importância da alimentação adequada para termos uma vida saudável. Cada um de nós, Acadêmicos, passou de carteira a carteira para conversar individualmente com os escolares sobre sua alimentação. Isso foi feito a partir de uma atividade lúdica, na qual cada escolar deveria circular, em uma tabela oferecida por nós, as figuras relacionadas ao alimento que a criança tinha ingerido no café da manhã, no lanche da manhã, no almoço, no lanche da tarde, no jantar e no lanche da noite do dia anterior. Com base nesses resultados, rapidamente explicamos para os escolares, que muitos dos alimentos circulados não eram considerados como “saudáveis” e que eles deveriam se alimentar com mais vegetais, frutas e legumes.

Após esse primeiro momento, lúdico, levamos esses escolares para outra sala, para realizarmos o teste de acuidade visual e também a medida do peso e da altura, de cada um dos participantes do Plano de Ação.

Fomos anotando esses dados e também grafamos quando o teste de acuidade visual estava com resultados abaixo do esperado. Caso o teste desse alterado, o pequeno usuário do SUS seria encaminhado à Equipe Interprofissional da ESF, para que os Trabalhadores da Saúde pudessem fazer o encaminhamento do cliente para avaliação do Médico de Família, e depois para a Oftalmologia.

Os escolares foram muito respeitosos e cooperativos com os Acadêmicos Médicos, sendo possível a realização de um trabalho objetivo e proveitoso. Assim, os participantes consideraram como positiva a Ação de Promoção à Saúde realizada no território ligado à ESF, no interior paulista.

Referência:

Programa Saúde na Escola.

Disponível em:

Programa Saúde na Escola

Acesso em: 27/04/2023, às 17h 22min.