CAPS da Pitanguinha: uma Casa que acolhe

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Me chamo Clara Caroline Souto. Curso Medicina na Universidade Federal de Alagoas. A psiquiatria foi meu primeiro rodízio do internato, fase do curso que costumam chamar de “o começo do fim”. E ainda bem que foi! Pude começar esse período de uma maneira perfeita: visualizando o paciente de maneira humanizada, principalmente durante meu estágio no CAPS, que cumpri no Casa Verde, em Maceió. Lá, fiz amizades, participei de atividades em grupo, frequentei reuniões da equipe… Pude ver de perto o tratamento individualizado, baseado não somente no “medicar”. É satisfatório ver a evolução dos pacientes, no conversar e até no se comportar. Me marcou observar com curiosidade um que chegava calado, com roupas formais – sua religião o acostumou a se apresentar dessa forma. Duas semanas depois, a mudança na comunicação já era evidente: conversava com os colegas e fazia conexões satisfatórias, engajando-se mais nas atividades propostas pela equipe. Mas o que me surpreendeu foi a vestimenta ter se tornado mais despojada (com a camisa do time do coração, inclusive!), evidenciando outros aspectos da sua personalidade, que passou a se sentir mais confortável para externalizar. Essa história demonstra o quanto o CAPS Casa Verde é muito mais que um serviço de saúde mental, cumprindo com o título de “CASA” que sustenta.