Crianças participam de bate-papo literário no cantinho de leitura do ambulatório do HILP

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Se para uma pessoa adulta, a espera é entediante, imagine para as crianças que são seres sociais feitos para brincarem! Mesmo na situação de doença, elas não deixam de exercer a sua dimensão criança, que gostam de brincar, de interagir umas com as outras. E foi pensando em disponibilizar atividades lúdicas, educativas e interativas, para as crianças que aguardam o atendimento no espaço do ambulatório, que foi implantado o Projeto EsperAção, e dentre das atividades implementadas, o “Cantinho da Leitura”, uma iniciativa pensada por um grupo de assistentes sociais e psicólogas do HILP, com o objetivo de estimular as crianças e adolescentes que passam pelo ambulatório a lerem mais.

Segundo as inglesas Ella Berthoud e Susan Elderkin, que publicaram no Brasil o livro Farmácia Literária, uma boa história ajuda a aliviar depressão, ansiedade e outros problemas que atingem a saúde mental.

Ontem (02), Dia Internacional do Livro, o Cantinho da Leitura recebeu a escritora Mirim, Edelanni Araújo, de 11 anos de idade, acompanhada pelos seus pais, para um bate-papo literário, que contou com a presença das crianças que aguardavam atendimento, e dos pais acompanhantes, trabalhadores e gestores do hospital.

O bate-papo, organizado pela Cristina Assunção, coordenadora do projeto, teve a mediação da psicóloga Carol Mascarenhas.

A pequena escritora falou que aprendeu a ler com três anos de idade, e que com 8 anos escreveu o livro “A bola Mágica”, que conta a história de uma criança que era muito triste porque não tinha amigos, e que no caminho para a escola encontra uma bola mágica que se transforma numa fada, que realiza seu desejo de ter vários amiguinhos.

A linda história da Edilanni encantou as crianças e adultos. No bate-papo, ela revelou três desejos:  o primeiro, que o incentivo à leitura comece na creche, pois quando iniciou seus estudos, somente ela sabia ler na sala. O segundo desejo é fazer um intercâmbio fora do país, de preferência na Ásia. Por último que as pessoas leiam pelo menos um livro por mês. Ela lê em média 10 livros. “Quando leio viajo na imaginação”, acrescentou Edilanni.

Após o bate-papo,  a jovem escritora autografou os livros que foram adquiridos pelos participantes. Perguntado sobre o que mais lhe chamou atenção no Cantinho de Leitura, respondeu que foi a estante decorada com os diversos livros infantis.