Hospital Abelardo Santos fortalece rede de transplantes com 8 captações de órgãos em um mês
Em apenas 20 dias, o Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS) realizou oito captação de órgãos. Esse resultado representa um avanço na consolidação da unidade como referência na captação de rins e fígado no Pará – graças à solidariedade de quem, mesmo diante da dor da perda, autorizou a doação dos órgãos de seu ente querido e ajudou a salvar outras vidas nesse período.
“Oito pessoas tiveram uma nova oportunidade. É um processo minucioso, mas também muito nobre. Cada doação carrega consigo uma trajetória, uma família e uma escolha que transforma a realidade de quem aguarda por um transplante”, destaca a enfermeira Dejenane Costa, presidente da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HRAS.
Dejenane acrescenta que “a doação de órgãos não é apenas sobre salvar vidas, é sobre transformar a dor em esperança” e que “essas famílias entenderam que, mesmo no momento mais difícil, é possível fazer a diferença”. Ela conclui: “Por isso, conversar sobre seu desejo de doar os órgãos ainda em vida com a família é essencial, pois quem decide e autoriza a doação são os familiares de primeiro grau”.
Segundo a ABTO e a Lei dos Transplantes, nenhuma declaração em vida é considerada válida para autorizar a doação de órgãos. Isso significa que não é possível registrar esse desejo em testamento ou em documentos como a carteira de identidade ou de habilitação. Por esse motivo, o passo mais importante é conversar com a família e deixar claro o seu desejo de ser um doador.
“Quanto mais pessoas conseguirmos sensibilizar sobre a importância da doação de órgãos, ampliamos a possibilidade daqueles pacientes que aguardam por um órgão de, enfim, vivenciar o momento do transplante. Então o nosso objetivo é fazer com que essa família entenda a importância do processo e saia daqui como replicadora desse ato de amor”, concluiu a enfermeira do CIHDOTT, Lucinéia Veloso.