O cuidado para além do usuário e para além dos muros que cercam o CAPSi: Um relato de experiência

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Olá! Nós nos chamamos Maria Victória e Marta Oliveira, somos internas do curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas e, nesta postagem, iremos relatar um pouco da nossa experiência no período em que acompanhamos as atividades no CAPS Infantojuvenil Dr. Luiz da Rocha Cerqueira, por meio do estágio em Saúde Mental.

Nas nossas visitas à unidade, tivemos a oportunidade de interagir com diversos profissionais, como psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, enfermeiros, fonoaudiólogos, educadores físicos, médicos, entre outros, que, juntos, atuam diariamente para fornecer o cuidado necessário aos usuários atendidos na localidade. Nesse sentido, pudemos acompanhar as atividades realizadas na própria instituição, em grupos formados por crianças, adolescentes e até mesmo pelos familiares desses usuários, assim como as atividades externas, por meio das visitas domiciliares.

Assim sendo, acreditamos que tivemos a oportunidade ímpar de compreender que o cuidado fornecido na unidade deve ser estendido à rotina diária de cada indivíduo e que, nessa dinâmica, o envolvimento da família é de fundamental importância para o êxito contínuo na longa jornada. Ademais, por meio da visita domiciliar, pudemos perceber que não basta ouvir e interagir com o usuário dentro dos muros que cercam a instituição. Por vezes, é preciso se fazer presente na realidade da residência da família e acompanhar de forma mais ativa e íntima esse cuidado.

Para além da interação com os usuários, tivemos ainda a oportunidade de acompanhar uma reunião do conselho gestor, formado tanto por profissionais da unidade quanto por representantes dos usuários e, com isso, compreender como a unidade é organizada e gerida, entendendo que cada indivíduo deve ter voz nesse processo.

Por fim, pudemos fazer parte da construção de um momento de felicidade e desfecho para o ano de atividades no CAPSi, contribuindo na organização da festa de fim de ano, acompanhando a confecção de material tanto pelos usuários quanto pelos profissionais.

Mas, se tivéssemos que escolher um momento marcante, dentre tantos nessa trajetória na unidade, diríamos que foi acompanhar o encerramento de um grupo e ouvir o relato de um usuário sobre como as atividades realizadas foram de fundamental importância para o seu desenvolvimento pessoal ao longo do ano, de forma que pudemos notar o quão gratificante é ser agente de transformação no cenário da saúde mental.

Anexo