Autonomia do paciente: o respeito, os limites e as dificuldades na fisioterapia.

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A atuação fisioterapêutica é essencial em todo processo da saúde-doença. Para isso, o profissional desta área ao traçar suas condutas e tomar a decisão clínica, de acordo com a individualidade de cada paciente, deve abranger além das questões tecnicistas, os conhecimentos acerca da ética. A autonomia do paciente é um dos princípios bioéticos que está cada vez mais sendo discutido. Não respeitar a vontade do paciente gera um conflito ético que na maioria das vezes é justificado pela premissa de manter a vida.

Mas até que ponto podemos usar de maneira imperativa nossos conhecimentos científicos sobre o querer e o desejo do paciente em relação a sua saúde? Acaba-se gerando uma certa coação no indivíduo, de maneira que este pode entrar em crise com suas crenças e opiniões. O código de ética da Fisioterapia em seu artigo 14, discorre sobre dever fundamental de respeitar o princípio bioético de autonomia, beneficência e não maleficência do cliente/paciente/usuário de decidir sobre a sua pessoa e seu bem estar.

Uma possível explicação para a dificuldade do fisioterapeuta lidar com questões bioéticas como essa, se dá pelo pouco contato ou a incipiência das matérias ofertadas durante a graduação. Não se tem um olhar voltado para a temática dos cuidados paliativos, por exemplo, quando o paciente em fase terminal precisa de cuidados complexos do ponto de vista ético.  Desta forma, há uma linha tênue entre o que esse profissional acreditar ser o melhor, do ponto de vista cientifico e técnico, e o que o individua quer para si. A certeza que temos é a que ainda vivemos esse empasse durante nossa assistência.

 

Entenda mais:

https://https://youtu.be/B0amRGd5Qgk