Qual importância da saúde pública e coletiva no desenvolvimento de estratégias em saúde mental?

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Para pensar em estratégias de saúde mental é necessário compreender, logo de início, saúde como um conceito ampliado, de modo que deixe a definição de saúde como apenas ausência de doença ou um equilíbrio, mas que se sobreponha saúde como um processo além da doença, e sim práticas que envolvam qualidade de vida e que envolve lazer, cultura, educação, saneamento, alimentação, moradia, com objetivo de torná-la um direito fundamental do indivíduo. Assim, para o desenvolvimento de estratégias em saúde mental, no âmbito da saúde pública- visto como um setor governamental, é importante o desenvolvimento e aplicação de políticas públicas na prática. Duas políticas podemos destacar sobre isso: o SUS, com a afirmativa de se fazer saúde, com seus princípios de integralidade, descentralização, territorialidade, equidade; e também a política da RAPS, visando os direitos dos usuários portadores de transtorno mental, bem como os pontos de atuação e estratégias para conseguir realizar a proposta. Sendo assim, na área de saúde pública, claro que de maneira articulada com equipes e com saúde coletiva, os gestores devem desenvolverem estratégias para que consiga realizar esses princípio de saúde e garanta acesso de qualidade ao usuário, porém tendo cuidado para que não se torne mais uma forma de institucionalizar os corpos, mas com intuito de garantir um direito. Enquanto a importância da saúde coletiva quanto estratégia está interligada, principalmente, com as práticas de se fazer saúde nas equipes multidisciplinar. De modo que deixe de lado o paradigma hegemônico manicomial, do saber psiquiátrico, da lógica vertical, para um lado da horizontalidade de trabalhar. No sentido de olhar o sujeito de forma ampliada, considerando suas potencialidades, que é alguém com uma história, inserido em um contexto, e não o coloque em rótulos de diagnóstico , mas que o veja como um sujeito que no momento está em um “estado” de adoecimento mental, e que pode se tornar sujeito do seu processo e descobrir como se tornar protagonista da sua história.