Reflexões e Aprendizados no Estágio no CAPS Dr. Rostan Silvestre

8 votos

Por: Laura Sofia e Mauro Alexandre Caixeta Estudantes do Internato em Saúde Mental da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas.

Durante nosso estágio no CAPS Dr. Rostan Silvestre, em Maceió/AL, tivemos a oportunidade de vivenciar práticas fundamentais na atenção psicossocial e na luta antimanicomial. Nosso envolvimento se deu especialmente nas atividades/oficinas de alongamento, caminhada e visitas residenciais aos pacientes, proporcionando uma visão ampla do cuidado interdisciplinar e da importância de um atendimento humanizado.

Participamos das oficinas de alongamento e caminhada, que demonstraram o impacto positivo da atividade física na saúde mental. Foi impressionante perceber como esses momentos de interação e movimento favorecem a socialização, a autoestima, a independência e a qualidade de vida dos usuários.

A experiência das visitas domiciliares e à residência terapêutica trouxe um novo entendimento sobre o acompanhamento contínuo e o papel da equipe multiprofissional no suporte aos pacientes fora do ambiente institucional. O contato direto com os usuários e suas famílias evidenciou desafios e avanços na atenção psicossocial, reforçando a importância de um atendimento estruturado e centrado no indivíduo.

Participamos também do “Coco”, uma oficina de produção de biojóias a partir de cocos secos. Esta atividade oferecia uma alternativa de sustento econômico aos pacientes, os quais muitas vezes se encontram marginalizados e com dificuldades para receberem empregos formais.

Durante o estágio, pudemos compreender melhor as diferenças entre equipes multidisciplinares, interdisciplinares e transdisciplinares. A troca de conhecimentos entre profissionais da psiquiatria, psicologia, enfermagem e outras áreas revelou a necessidade de um trabalho colaborativo e corresponsável para uma abordagem eficaz e humanizada.

Esse estágio foi um momento essencial de aprendizado, proporcionando reflexões sobre a importância da luta antimanicomial e do modelo de atenção psicossocial. A experiência nos ajudou a reforçar a necessidade de um olhar amplo e empático sobre os pacientes, estimulando a prática de um cuidado mais humanizado e inclusivo.