A Intersetorialidade entre Saúde e Assistência Social é estimulada por Estudantes Médicos.

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Uma equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF), no interior de SP recebe estudantes da Graduação em Medicina, acolhendo-os como membros da equipe interprofissional, graças a uma parceria firmada entre a Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) e a Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente, SP.
Os Facilitadores do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP/FAMEPP/UNOESTE) utilizam Metodologias Ativas, como a Problematização, para estimularem a construção de Planos de Ação, nos territórios ligados às ESFs, com foco na Política Nacional de Promoção à Saúde.
Um dos Planos de Ação, criado pelos estudantes esteve relacionado a uma ação de Educação em Saúde, com foco na “Alimentação Saudável” para Hipertensos e Diabéticos, cadastrados nos Programas assistenciais do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) do Bairro Humberto Salvador, em Presidente Prudente, SP.
Os Acadêmicos Médicos, sob supervisão docente, realizaram uma Roda de conversa, com a população atendida pelo CRAS, a partir das dúvidas que foram trazidas pela comunidade presente, com dicas sobre dieta hipocalórica, hipogordurosa e rica em legumes, frutas e proteínas, “sem gastar muito”.
A Facilitadora utilizou o Arco de Maguerez para estimular Reflexão na Ação.
Foram criadas questões de aprendizagem, a partir da aplicação da Metodologia Ativa da Problematização. Essas questões estimularam a busca individual dos acadêmicos. Eles consideraram que os “participantes” da Equipe da Estratégia Saúde da Família, estruturaram suas ações dentro da lógica intersetorial, mas tinham dificuldades para colocarem em prática, as ações entre os dois setores, Saúde e Serviço Social.
Acadêmicos puderam refletir sobre como o tema da intersetorialidade se coloca como desafio aos técnicos, na operacionalização das políticas de Assistência Social e Saúde.
A Facilitadora considerou que a intersetorialidade em saúde pode ser definida como uma coordenação entre setores, ou como uma intervenção coordenada de instituições em ações destinadas a abordar um problema vinculado à saúde. Acadêmicos complementaram que a Intersetorialidade também pode ser entendida como uma articulação entre saberes e experiências no planejamento, realização e avaliação de ações, entre os setores Saúde e Educação, para a criação de ambientes saudáveis.
A Docente também considerou a Intersetorialidade como prática de gestão na saúde que permite o estabelecimento de espaços compartilhados de decisões entre instituições e diferentes setores do governo, que atuam na produção da saúde e na formulação, implementação e acompanhamento de políticas públicas que possam ter impacto positivo sobre a população. A Intersetorialidade apareceu, também, como um dos pressupostos tanto da política de saúde quanto da política de assistência social, às vezes
como integração, outras vezes como articulação, sempre ligada à dimensão técnica e operativa. A docente considerou que, no município de Presidente Prudente, a intersetorialidade está presente, tanto no
Plano Municipal de Saúde, quanto no Plano Municipal de Assistência Social.
Acadêmicos explicaram, após conversarem com os servidores, que em relação ao CRAS, os técnicos procuram realizar suas atividades, articulando-as com outros setores, caracterizadas por
encaminhamentos aos serviços da rede socioassistencial do território, e por meio do
desenvolvimento de palestras que acabam focando o desenvolvimento de capacidades
e habilitações dos usuários. Nas ações de Promoção à Saúde realizadas pelos trabalhadores da ESF, estudantes perceberam que existem alguns entraves para a realização da intersetorialidade com o CRAS. Esses desafios estão relacionados à grande demanda por atendimento, existente no território que podem trazer obstáculos para o desenvolvimento do trabalho das equipes, e principalmente, o planejamento intersetorial. Estudantes conversaram com os trabalhadores do CRAS e da ESF locais. Os servidores reconhecem a importância da intersetorialidade e apontaram a falta de oportunidades de mais encontros entre os setores Saúde e Serviço Social, como um empecilho ao desenvolvimento de mais ações de trabalho conjunto.
Os participantes consideraram como positiva a ação de Promoção à Saúde, com foco na Intersetorialidade, desenvolvida no território ligado a uma ESF no interior de SP.

Referência:
A INTERSETORIALIDADE ENTRE SAÚDE E
ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA/ES
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://repositorio.ufes.br/bitstream/10/6525/1/Ana%2520Lucia%2520de%2520Lima%2520Pansini.pdf&ved=2ahUKEwiCl5u5xYP6AhU8ppUCHcuLCDsQFnoECAUQAQ&usg=AOvVaw26wb6sfa25bppi5nQ17K1R
Acesso em 06 09 2022, às 18h 15min