Faça amor, não faça guerra Marcia Tiburi é filósofa. Desejo de Democracia O desejo de democracia constitui intimamente a própria democracia. O clima autoritário de nosso tempo mostra que este desejo está sendo reprimido. A democracia permanecerá enquanto o desejo por ela – desejo em si mesmo democrático, ou seja, amoroso e generoso – não […]
Existe uma contradição no âmago das motivações humanas: Através da religião, da moral e da ética formulamos discursos sobre a vida digna de ser vivida, sobre a beleza, sobre o bem e sobre a felicidade. De forma geral, esse é o discurso assumido pelo senso comum. Não há grandes divergências sobre o consenso geral […]
Vivemos em um país tropical, o poético Patropi de Jorge Bem Jor . Um paraíso natural com um bioma acolhedor e com farta disponibilidade de energia e alimentos. Ainda assim, nossas estatísticas de mortalidade violenta excedem as de nações em guerra. Somos sectários, preconceituosos e hipócritas. As Marchas com Deus, as barbáries policiais, a homofobia, o fundamentalismo […]
Eu, vocês e o papeleiro da esquina já estamos no poder. O mundo é a soma dos erros e acertos de todo a humanidade. No formigueiro é assim. Mesmo todos cumprindo seu dever automaticamente, sem nenhum erro ou desvio, nada impede que um humano ou uma chuva causem uma catástrofe e centenas de milhares de […]
Uma cultura particularmente antiocidental e zelosa de suas tradições a despeito de uma intensa relação com o ocidente é a japonesa. Assentada há milênios sobre um conjunto de ilhas vulcânicas, sua noção da contingência a que estamos submetidos é muito aguçada. São previdentes na capacidade de manter reservas para os tempos difíceis. Especialmente preparados e […]
São Paulo agora é modelo. Modelo para a vitrine dos inimigos mortais do SUS. Aqui no sul as coisas são feitas no cotidiano. Cada humilhação, cada ataque, cada iniquidade, por mais local e peculiar, não lhes custa o esforço e sempre vale a pena. Tenho colegas, empregados das malditas cooperativas, que estão trabalhando há […]
Existem coisas que ninguém quer fazer. Existem coisas que fazemos meio sem jeito, com um ar de que tudo sabemos mas, bem no íntimo, o gesto comparece com aquele jeito meio absorto da ausência de sentido. A ausência de sentido é um lugar de muita angústia. Precisamos preencher este espaço. Somos seres significadores. […]