Todas as tardes,
sempre à mesma hora,
vem visitar-me um passarinho amigo…
canta cantigas que eu cantava outrora,
canta coisas que eu sinto, mas não digo.
De onde ele vem, não sei; nem onde mora;
se lembranças me traz, guarda-as consigo.
Sinto, no entanto, quando vai-se embora,
que a minha alma não quer ficar comigo.
Hoje tardou… Há chuva nos caminhos,
mas chuva não faz mal aos passarinhos
e ele há de vir, a tarde festejando…
Lá vem ele, ligeiro como um sonho…
canta coisas tão minhas, que eu suponho
ser o meu coração que vem cantando.
Amigos e amigas da Rede: foi dada a largada do tempo da graça de 2011 e nada mais sugestivo que começar mobilizando e articulando a todos e todas, através de um "convite especial", que espero seja aceito e vivenciado durante todo o transcorrer do novo ano que começa. Grandes são os desafios e maiores ainda […]
Hoje quero abrir os olhos para a vida Quero despertar para outros mundos Quero apreender valores Que me tornem mais humano E me levem a ser melhor Quero me sentir motivado A rejeitar os preconceitos E superar os que já tenho Quero ter a sensibilidade De entender o outro E ser um facilitador Nunca […]

O mundo ficou mais careta As ruas tortas perderam seu poeta os automóveis exalam um odor mais fétido ficaram órfãos de poesia O cinza se perde no ocre de ferrugem das estátuas e o Tietê marcha solene levando toda a merda paulistana… a cloaca urbana que a tudo expele não tem mais seu cantador […]
Aos poucos as festas juninas vão perdendo um certo ar de ingenuidade. A industrialização da festa, os mecanismos da mercantilização e espetacularização transformam o "São João" em bem econômico. As quadrilhas ganham figurinos elaborados, participam de concursos, buscam patrocínio. As empresas de turismo vendem maravilhosos pacotes, uma verdadeira caravana pelo nordeste, onde a […]
É incomum e belo fazer e ser parte deste movimento. Obrigado a todos pelos comentários dos vários posts em defesa do SUS e da vida. Obrigado pela generosidade de criar coletivamente, embaralhando as vaidades das autorias. Sei que as vezes minha intervenção é mais ácida do que poética, mais sociológica do que psi. Mas não […]
Por Ray Lima Bem, como ia dizendo, há muito tempo. Todo cuidado é pouco, mas há muito tempo. Às vezes nos parece um "bocado de molambos molhados manchando o chão," mas sempre que a gente olha, observa, escuta direitinho acaba descobrindo que o que tem dentro é gente ainda, é gente ainda. Um certo […]
Por Ray Lima Se a vida ficou Salgada demais Tão insossa que foi Alguns dias atrás Cabe-nos perquirir Que tempero precisa Que sabor preconiza Ou o amor não é mais


Eu sou mortal. Isso não irá mudar nunca.
Então, minha existência tem um aspecto imutável.
O que não muda nunca permanece para sempre.
É uma condição irrevogavelmente imutável, portanto eterna.
Em nenhum momento, presente ou passado, de uma era ou outra, neste lugar ou noutra galáxia o fato de eu ser um mortal será modificado.